segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Rio Comicon - 2010



Cara, o evento foi fantástico apesar de ter alguns problemas, o que era mais do que óbvio. Um evento novo, nunca seria imune a erros, mas eu não vou chover no molhado e falar dos prós e contras gerais do evento. Para isso, você pode acessar o site dos super-gêmeos 10 pãezinhos que já fala muito bem disso.

Eu vou falar mais de como foi o evento pra mim. E foi foda!

Nos dois primeiros dias curti o evento em si: expo do Manara (espetacularmente foda), outras exposições, debates, oficina, e até mesmo algum contato com outros artistas. Consegui espaço no stand do Arafat, com o qual eu havia falado somente por telefone antes. Ele ocupou um stand com sua coleção e material e sebo, e deixou eu pôr um pouco das minhas revistas lá, e sou grato por isso, pois dessa forma estive exposto durante todo o evento, já que na quinta foi quando o evento começou de verdade pra mim, com o meu stand próprio.

Eu vendi tão bem no stand sozinho, que o Rick Goodwin me chamou pra ficar na plataforma de desenhistas na sexta, junto com os gringos!

A quinta foi incrível, com dezenas de autógrafos e muitas revistas vendidas. Um contato mais próximo com alguns quadrinistas, e vendo de longe o stand dos fodões. Só o Danilo Beyruth que eu já conhecia antes e que é um cara bem simpático eu tive acesso daquela galera (Moon, Bá, Gustavo, Grampá, Coutinho...), mas foi bem legal ver ele tirando foto de um Necronauta que o Arafat tava vendendo a 10 reais, e que ele vendia por 1! Virou raridade em uns 2 ou 3 anos :p

Na sexta eu sentei por acaso ao lado do Vitor Cafaggi, de sua irmã Lu e de toda a mulherada do Lady's Comics na palestra do Laerte, Angeli e Ota. Trocamos revistinhas, falamos um pouco, e por acaso, quando chegou meu momento na mesa da plataforma, precisava de um parceiro, e o chamei. Foi incrível como 2 horas e meia passaram como um relâmpago. Valeu a companhia cara! o/

Isso foi o início da loucura. Eu fui pruma bebedeira lá no Jardim Catarina! Fiquei até 6 e meia da manhã com o Uole virando copos, e tirei um cochilo no meu pai, acordei 12h e consegui chegar na Leopoldina 12:50. 13 horas meu stand já tava arrumado, e o Erick Carjes chegou com sua interessante Entidade para dividir o stand comigo. Eu sentei as 13, e quando levantei para uma mijada, vi que eram 17 HORAS! Porra, não parecia ter passado nem uma hora direito. Foi a experiência mais alucinante que eu já tive (mais que drogas, sério!).

O cansaço da semana simplesmente evaporava, era como se eu fosse um robô que nunca cansa, autografando e vendendo sem parar, não dava nem pra pensar direito, foi muito louco.

Fechei com o Erick de ficarmos juntos no Domingo, já que ele ficaria sozinho, e nossa parceira foi tão legal. A família dele que tava dando uma força eram todos gente boníssima, honestos e logo de cara pude confiar tranquilo. Eles me ajudaram a vender, e tenho certeza que ajudei bastante também empurrando o pessoal que comprava minhas revistas (AS MAIS BARATAS DO EVENTO) e muitos acabaram levando a dele também, e isso foi bom pros dois.

No domingo também muito agitado, quase tanto quanto no sábado, eu ultrapassei a marca dos 800 gibis vendidos, e já tava batendo papo com a maior galera.

Foi legal ver a presença de amigos queridos e da família por lá, mesmo que eu não pudesse parar e dar atenção alguma. Foi realmente uma loucura. Uma loucura deliciosa e estimulante.

O saldo é muito positivo, a troca de experiências, as boas vendas (que não cobriram nem metade dos gastos, mas foda-se), desenhar nos cadernos e informativos das pessoas, uma carícia no ego (inevitável, porém mantendo a cabeça no lugar), o convite pra Quarto Mundo (vou falar disso melhor num próximo post, mas fiquei muito feliz de ser chamado pela Ana Recalde! Valeu mesmo Aninha!) e muito mais.

Vale mencionar a programação irada da OFF Comicon, com umas festinhas regadas a cerva e quadrinistas. Minha parceria com o Diego Gerlach no retoprojetor da L'Playground foi bacana. Aliás, muito bom ele.

No finalzinho, depois da última palestra, eu assinava uma Saidêra pro Fábio Moon, que tava com um bocado de pressa "Vamo Denis, você ta fazendo o Milo Manara esperar!!" Quando terminei, falei que foi uma pena não poder conversarmos melhor durante o evento "Bem, se você seguir em frente com isso, nós vamos nos ver e conversar."

Então cara, nós vamos nos ver e conversar, porque eu vou fazer mais, e vou fazer melhor.


Guardarei com muito carinho esse evento mágico que foi a Rio Comicon. Aguardarei ansioso pelo próximo.
Mas se tudo acontecer como espero, vou estar em tudo o que acontecer no caminho, da FIQ ao CrackBangBoom.

Vida longa à Rio Comicon!

Tem muita gente interessada em produzir pra próxima, e corrigindo os compreenssíveis problemas de infra-estrutura bem apontados pelo Bá no site deles, vai ser ainda mais foda.

É tanta coisa borbulhando na minha cabeça, e é quase um crime não poder executar agora por motivos de força maior. Mas quando eu começar, bem em breve...


Abraços a todos os... Ham, acho que só eu leio isso ¬¬
Se você discorda, COMENTE!

Quase esqueço da entrevista que dei pro simpático Alex do canal Cultura da Ação!
Achei bem legal a entrevista, falei bem sobre o trabalho e sobre meu posicionamento com relação ao independente e como ele funciona para mim.
Abaixo, uma foto tirada pelo Igor Bone enquanto eu autografava na plataforma e o desenho que fiz pra ele, representando o ato imortalizado durante a copa: Vuvuzelashot!





YEAH!!

sábado, 6 de novembro de 2010

Stand e Fanzines na Rio Comicon



Bem, diante de um acontecimento como a Rio Comicon, não pude ficar parado e desde que descobri sobre o evento me comprometi a levar uma revista com meu material. Durante os 10 dias em São Paulo, amadureci a idéia pensando em diversas formas de publicação.

Uma com várias páginas? Varias com poucas? Chamar outras pessoas?
O tempo era mínimo, até me organizar com alguém...

Então, o resultado final disso tudo está a seguir:




O DIÁRIO DO ALMIRANTE (Brenno Dias e Denis Mello)
8 páginas, formato A5, R$0,50. Tiragem: 300
Apanhado com as histórias publicadas no Jornal "MeuVascão" e atualmente sendo publicadas na revista Preliminar. DEZENAS MILHARES de vascaínos já reviveram os momentos históricos do clube. Você vai ficar de fora?




Justiça 40º Especial- MARIA DA PENHA (Brenno Dias e Denis Mello)
8 páginas, formato A5, R$0,50. Tiragem: 400
O implacável Carlos Guerra, (uma espécie de Justiceiro carioca) está em busca de Kléber, um paraíba foragido acusado do assassinato de sua ex-mulher, e que atualmente repete a rotina de espancamentos e abusos pela zona norte do Rio de Janeiro.
Essa HQ já teve vez no projeto federal Usufruir da Pesca, e foi aprovada na antologia QUADRINHOS EM HISTÓRIA da editora MULTIFOCO.



PALESTINA: As Pedras do Caminho (Beth Monteiro e Denis Mello)
32 páginas, formato A5, R$2,00. Tiragem: 200
Conheça a história de Mohamed, um garoto palestino que aprende com o avô sobre a história de seu povo, até decidir que pode ajudar a melhorar a vida de seus conterrâneos de maneira pacífica e solidária. Uma história emocionante. Um final surpreendente.
Prévia da revista oficial que será lançada mês que vêm no Rio e em São Paulo, em formato A4 e com capa e páginas coloridas.



SAIDÊRA (Denis Mello)
20 páginas, formato A4, capa dupla em papel couchê, R$3,00. Tiragem: 1000
Contem histórias variadas, desde suspense, até filosofia, passando por histórias de bêbado e ainda uma homenagem a Angelo Agostini, além de caça-palavras e cruzadas etílicas. Vale muito apena adquirir um, e nem é porque é meu, mas realmente está legal e imperdível.





Além disso, a revista PHEHA impressa que estará disponível no evento conta com uma história minha intitulada "MAC: Museum of Aliens Contact". Será em formato A5, colorida.


Estarei nos dias 11 e 13 no stand 14. Fica logo ao lado de entrada, e junto com o 13 são os únicos entre a entrada e a exposição do Manara.

Bem, estou chegando com tudo o que posso na Comicon. Espero que dê tudo certo, pois suei muito e dormi pouco nas últimas semanas, dando o sangue para que esse projeto. Investi muito nesse que considero um momento tão importante na cena quadrinística carioca. Espero poder acrescentar ao evento, retribuir por tudo o que sei que conseguirei lá, pois sei que só com as palestras já terei tido um grande crescimento pessoal e profissional.


Espero poder encontrar muitos amigos, e fazer muitos outros.


Se você for no evento, me procure. Se não vai, pense duas vezes, pois ninguém que curte HQs deveria perder algo assim. Único. Épico.


Vida longa à Rio Comicon!


17º Fest Comix




Logo depois da Semana de Quadrinhos da UFRJ, fui passar um tempo em Sampa, e por coincidência estaria rolando a FestComix. Eu nem estava sabendo, acho que a divulgação não foi muito forte, mas pelo que vi, é um evento que já é muito tradicional e tem público fiel!

No primeiro dia, uma sexta-feira, estava bem tranquilo, fui às compras com um amigo, e gastei uma grana com títulos fodas que eu sempre vejo por um preço salgado.
No segundo perdi a linha. uhueheu

É simplesmente a maior feira de quadrinhos da América latina, com mais de 250.000 títulos, tudo com descontos entre 20 e 80%.

A grana que eu havia acabado de receber pelos travalhos do evento e do Festival de Inverno.. ueheuhe, não toda, mas boa parte foi gasta. Somente com material que eu inevitavelmente teria de ler uma hora ou outra, mas que sempre fui duro demais pra comprar. Aproveitei o surto e parti pra dentro como zumbi sobre carne fresca. Em resumo, vou colocar a seguir tudo o que lembro de ter adquirido:

FestComix = Falido = Clic1, Necronauta completo, Bando de Dois, Umbrella Academy, Quebra QueixoTechnorama, Mondo Urbano, Pequenos Heróis, SGT.Rock, Xampu Lovely Losers, A Liga Extraordinária 1910, HQ e Arte Sequencial do WillEisner, CASH, DemolidorAmarelo, KickAss, Superman: Dia do Juízo Final, 30 edições de 100 balas, Mesmo Delivery, Novos Deuses completo, CHE, O Gira sol e a Lua, Rolando, Meu Coração Não sei Porque, Fanzine, todas as Garagens Herméticas, Nanquim Descartável, Café Espacial, Hellblazers, Sandmans, Preachers, Corto Maltese, OqueAconteceuaohomemmaisrápidodomundo e outras coisas = Pinto no lixo

Pena que não pude ler tudo ainda, por dois motivos:
tive que deixar a maioria em São Paulo porque simplesmente não dava pra trazer no ônibus.
Depois que eu voltei entrei numa produção intensa demais, e realmente não pude parar pra ler (ou atualizar o blog)

Mas isso já é assunto pra outro post...

Aliás, do que eu li, posso dizer que não tive o menor arrependimento, e que foi uma grana muito bem gasta: Bando de Dois e Necronauta do Danilo Beyruth são simplesmente geniais! Mondo Urbano é irado e inovador, o livro didático do indescritível Eisner que já havia me inspirado tanto com suas histórias, novamente me bombardeou e fortaleceu, Fanzine dos gêmeos foi literalmente inspirador, Clic 1 que eu já havia lido, excitante no sentido literal da palavra, como sempre.
Os quadrinhos da 4Mundo eu realmente não consegui ler todos, mas só de tê-los em mãos, foi muito esclarecedor na produção das minhas revistas, e agradeço imensamente ao Cadu Simões e a todos que publicam na Garagem, Café e Nanquim.

Entre outras maravilhosas que li, e tiros certos que vou ler quando pegar em sampa, como CHE e as outras dos gêmeos.

Juntando com o que já tinha, é o início de uma bela biblioteca.
E meus Marvel em suas caixas pedem desesperadamente por naftalina...

IV Semana de Quadrinhos da UFRJ


Bem, mais de um mês que o evento acabou, mas só agora (VERDADE) pude parar aqui no blog para atualizar.

Bem, abrindo o post, uma ilustração que fiz para a publicidade virtual do evento, e que foi bem propagando, tanto por sites especializados em HQS, quanto em sites de jornais impressos por exemplo,como o JB on-line. Inclusive, acabou saindo em jornais impressos, um de Santa Rosa em Niterói e na Folha Dirigida se não me engano, mas tava tão pirado e engajado com o evento que não pude correr atrás de exemplares. Agradecimento ao Pedro de Luna pela divulgação pesada.

É uma homenagem à primeira aparição do Aranha em Amazing Fantasy #15, (tratem de pesquisar no google!)alterando o cenário por um contexto do evento e o sujeito aleatório pelo nosso mascote.

Quanto ao evento, foi um sucesso!

O primeiro dia foi disparado o de maior público e com mais gente assistindo ao vivo pela internet. A galera da EBA compareceu bonito, e deu uma moral para o ótimo debate com André Dahmer, Clara Gomes e Bruno Drummond. Todos ex-alunos da Belas-artes da UFRJ, contando sua experiência e progressão das salas de aula pro Mercado, entre outras coisas.

Os dias seguintes contaram com ótimos debates, realmente de alto nível, porém o público não compareceu bem. Parece que esse formato de levar o evento para Madureira não vai ter muito futuro mesmo. Apesar da resposta de público não ter sido das melhores, o evento correu bem, e teve ótimos debates, boa cobertura e vídeos sobre tudo o que rolou que podem ser conferidos no blog do evento.

Alguns dos debatedores que deram show em Madureira foram a Alzira Valéria, Carlos Ruas, Ana Recalde, André Brown, Carlos Holanda e Zé Roberto Graúna.

Além disso, as oficinas correram muito bem coma Quadrinize, André Brown e principalmente com o Renato Lima, que domina absurdamente o assunto sobre produção de fanzines.

No encerramento em Botafogo, muita chuva e pouca gente, mas a transmissão ao vivo compensou. Com Octávio Aragão mediando, Carlos Patati, Pedro de Luna, Luciano Magno e o ilustre mestre Athos Eichler fizeram um debate interessantíssimo sobre a história das HQs no Brasil, principalmente sobre o grande homenageado esse ano, Angelo Agostini.

Apesar de alguns problemas com a exposição por exemplo, tudo correu muito bem, e o balanço é muito positivo. Foi superior à III Semana, principalmente no que diz respeito ao nível dos debates, e deixa a equipe com moral internamente na faculdade, para conseguir a produção de um evento ainda melhor no próximo ano.

Boa sorte pra gente na próxima! o/

Ah sim, essa ilustra do Aranha e a do Super foram parar no albúm da RIO COMICON no Facebook. Bem legal né?

Mas vou falar sobre outro evento, em outro post.

Abraço!